Feliz ano novo, gente nova
De tempos em tempos abro meu armário cheio de roupas e digo: Não tenho nada para vestir.
Me desfaço do que não uso mais para abrir espaço ao novo mas não adianta. O novo continua muito velho. Me sinto brega ou me sinto sem graça ou me sinto fantasiada de outra pessoa.
É a quarta vez na semana que uso essa calça. Melhor economizar, é da zara, duvido que aguente tantas lavagens.
Quero vender e comprar tudo de novo. Quero um ano sem compras. Quero roupas estilosas. Só quero usar o básico. Quero quantidade. Quero qualidade. Quero tudo novo. Eu só compro em brechó.
Eu, sempre uma auto proclamada amante de perfumes cítricos, me pego encantada pelos amadeirados mais doces.
Esses dias fiz a sombrancelha pela primeira vez na vida.
É um jogo de pega-pega. Mudei e não entendi ainda quem virei. Acho que o jeito é ir se apresentando aos poucos, pra ter certeza que nos gostamos e vamos nos dar bem.
Feliz ano novo a nós todos, quem fomos ontem, somos hoje e seremos esse ano.
Um beijo, Mari.